sexta-feira, 12 de junho de 2009

Cabe a cada ser humano ser senhor das suas vontades e escravo das suas fraquezas.




A confusão dos sentimentos

A Surpresa avisou que ia chegar
A Beleza é tanta que nem dá para se admirar
Sofrimento não dói mais agora
Nada é mais como os tempos de Outrora

A Dor então deixou de incomodar
A Inteligência ignorante vive a errar
Solidão acostumou-se a viver só
A Verdade mente tanto que dá dó

O Prazer complexado retraiu-se
O Desejo suprimido evadiu-se
O Pecado arrependido foi confessar
Pesadelo agora é pretexto pra Sonhar

A Organização ficou embaralhada
A Brincadeira cresceu e ficou retardada
A Realidade agora virou Fantasia
O Barulho então virou Melodia

Vitalidade de ócio envelheceu
E o Tempo esgotado escafedeu
A Pequenez agora está em Alta
Humildade está fazendo falta

Coragem fracassada saiu correndo
Ternura sem carinho está sofrendo
Amizade que existia partiu-se ao meio
A determinação parou para o Receio

Emoção deu lugar à Aspereza
Alegria abriu caminho para a Tristeza
Egoísmo chegou e quis ficar
Tranqüilidade está “prá lá de Bagdá”

A paz resolveu bater em Retirada
A fé desistiu de existir desanimada
O amor desamparado permaneceu
A esperança de Ansiedade morreu

Então o Medo entrou em Desespero
Sabor então ficou sem Tempero
Saudade disse o último adeus
E Deus então nos protegeu..
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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Beleza Pura

























Sua beleza

Seu sorriso é a coisa mais bela
É que nem uma aquarela
Tão bonito de se olhar...

Sua boca, guardiã da tua beleza
Tua amiga e fortaleza
Abriga seu som, ecos e dom..

Tudo seu é bonito de se ver
Dá até medo de sofrer...
Se de tanto admirar eu me perder

Sua boca alameda do pecado
Que percorro atravancado
Atravessando os percalços

E saltando estribeiras
Faço até besteiras
Só para tocá-los.


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Teu nome: amigo da minha voz.


Teu nome

Quando silencio a minha voz
Surge um brado que retrocede todo o silêncio.
Seu nome se ausenta do interior da minha alma,
Como renascido das cinzas impetuosas
Brota na minha garganta e ganha asas
Pronuncio-o numa sonoridade disforme
Ele ainda soa de forma aprazível aos sentidos
Como se ainda fosse familiar ao meu ouvido
Um habitante firme e leal do meu coração
Quão grande e memorável é te pronunciar!






Solitária é a dor de quem espera...


















Ânsia

Senti sua falta ontem...
Lembrei de todos os nossos momentos
Lembrei da maneira que nos tacávamos
Lembrei da saudade... Que tormento

Sinto sua falta hoje...
Quando vejo o sol beijar o mar
Quando na mente seu rosto me vem
Quando a saudade quer maltratar

Sentirei sua falta amanhã...
Até que chegues aos meus braços
Até que sinta-o ao meu lado
Me tocando, me despindo, me amando

Pois esta tal saudade é um martírio
É ferida desabrochando em meu ser
Até que voltes...

Até que voltes vegeto na minha dor
Passeio na minha ânsia
Desejo o meu desejo.




ADEUS NÃO FOI FEITO PARA SER DITO, MAS PARA SER SUPERADO.


ADEUS...



É louvável dizer talvez
Quando jaz dentro do corpo frio
A sombra do que um dia foi alguém.

São destroços do objeto humano
Dejetos da carcaça que envolve nossa alma
Daqueles que se chupa o corpo e se joga o palito

É louvável dizer talvez
Quando não se quer dizer adeus
Quando ainda há um parco resquício de esperança
Ainda assim, sem amor, mesmo sem amor...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

BREVES CONSIDERAÇÕES


Este Blog foi criado com o intuito de fazer público os meus trabalhos de aprendiz poético, que com o incentivo e força de algumas pessoas, hoje torno visível aos olhos de todos. Espero que possam trazer um pouco de emoção e sentimento para aqueles que sabem apreciar, criticar ou simplesmente absorver.
Com carinho e apreço, dedico a minha primeira postagem a uma pessoa muito especial e parte integrante do início de uma das minhas vidas: a de artista. Essa pessoa a qual estou me referindo, trata-se de uma daquelas pessoas "multimídia" ou seja, completa. Elvandro Burity é escritor, poeta, ex-marujo (...), mas acima de tudo uma pessoa dotada de alta sensibilidade, qualidade de poucos!! Para ele, todo o meu respeito e consideração.
Obrigada pelo apoio e por acreditar em tão singelas palavras poéticas.
PARA VOCÊ EU TIRO O MEU CHAPÉU!

UM BRINDE AO AMOR



Aos amores que se foram e aos que ainda virão
Aos que renasceram das cinzas e do perdão
Aos que fraquejaram e sucumbiram em solidão

Aos beijos, aos abraços, aos carinhos aos amassos
Fragmentos de alegria, daquela que a alma inebria
Um coração que palpita, estonteante vive a sonhar
Amores que estão presentes fazendo-se protelar

Amores que nos deixaram inundados em dores
E que de tanta esperança nos causa dissabores
Coração cheio de doações são apenas amores

Amores imperfeitos, impossíveis e corriqueiros
Completos, sombrios, apaixonantes e vazios
Amores que duvidam do nosso próprio amor
Amores que realmente são o verdadeiro amor.
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